Casos de dengue grave aumentam quase 170% na Bahia; mortes diminuem Quinta-Feira, 13/07/2023
Os casos de dengue grave aumentaram 168% no primeiro semestre de 2023 na Bahia. Foram 670 casos de dengue grave neste primeiro semestre contra 250 no mesmo período de 2022. Já o número de mortes caiu de 20 para nove, uma redução de 55%. Os dados foram divulgados na quarta-feira (12) pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ao G1.
A Sesab destaca que nem toda dengue grave é caso de dengue hemorrágica. A diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Márcia São Pedro, explica que a gravidade da dengue não é definida somente por hemorragias. Outras condições são apontadas como gravidade, a exemplo do choque e manifestações neurológicas.
As nove mortes já registradas no estado foram contabilizadas até 1º de julho. Uma delas definido pela Câmara Técnica como dengue hemorrágica e dois como febre hemorrágica. As outras seis mortes transitam entre dengue e dengue grave.
Os óbitos ocorreram nos seguintes municípios: Feira de Santana (3), Jandaíra (1), Campo Alegre de Lourdes (1), Boninal (1), Mucuri (1), Mirante (1) e Vitória da Conquista (1). Esses óbitos são investigados pelos municípios e avaliados pelo Comitê de Óbito municipal ou Estadual.
A cidade de Alagoinhas não está na lista da Sesab, mas a prefeitura informou que registrou a primeira morte causada por dengue hemorrágica neste ano. A Vigilância Municipal em Saúde foi notificada sobre a morte do paciente no dia 5 de julho. Depois disso, foram feitos exames e a confirmação de óbito causado por arbovirose foi divulgada na terça (11). O nome e a idade do paciente não foram informados.
CASOS TOTAIS
No primeiro semestre de 2023 foram notificados 31.864 casos prováveis de dengue no estado. No mesmo período de 2022, foram notificados 29.343 casos prováveis, o que representa um aumento de 8,6% nas notificações.
A dengue, assim como a zika e a chikungunya, são doenças adquiridas e transmitidas pela picada do mosquito aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue, ou o aedes albopictus.
A única forma de evitar essas três doenças é com o combate do mosquito, por meio da eliminação dos criadouros nas casas, no trabalho e nas áreas públicas.